8 June 2011

Se soubesse quantos caras eu dispenso e ignoro, porque só tenho olhos pra você, me amaria.

Justo pra você, que nem me olha.

Se soubesse que escrevi inúmeras cartas pra você, mesmo sabendo que nunca teria coragem de entregar, me amaria.

Justo pra você, que nunca ficou prestando atenção no jeito que eu seguro a caneta.

Se soubesse quantas noites fiquei no frio, tremendo, pra te ver passar, me amaria.

Justo por você, que nunca reparou nos meus casacos de inverno.

Se soubesse que eu acordava mais cedo só pra te encontrar no caminho pra escola, me amaria.

Justo pra encontrar você, que nem se importa se hoje me reencontrou.

Se soubesse que eu ouço as músicas que você gosta só pra me sentir mais perto de você, me amaria.

Justo suas músicas, que você nem lembra que cantava junto comigo.

Se soubesse o quanto eu te olho, mesmo de longe, se soubesse que eu te observava escrevendo, o quanto eu amo os seus casacos de inverno, se soubesse a emoção de cada vez que te reencontro e as músicas que eu canto pensando em nós, me amaria!

Se soubesse que quando falam de amor, eu penso que essa palavra e o seu nome são sinônimos, me amaria...

Justo seu nome, o nome de um garoto que não me amaria, mesmo se soubesse de tudo isso.

25 March 2011


I know it's over
(and it never really began),
but in my heart it was so real...

12 March 2011

5 March 2011

Ted

Lembro de como o seu cabelo brilhava ao sol, nas tardes de inverno. Nós nunca falamos sobre o brilho em nossos olhos, mas as respostas estavam ali em nossos sorrisos. Tão perto e tão distantes, nós estávamos.

Desculpa se eu nunca te disse, mas você era a melhor coisa do meu mundo. E se eu desviava o olhar era porque tinha medo de você perceber o quanto estar ali significava pra mim. E eu nem sabia direito o porquê.

Pensei que eu estava perto do seu coração, e por favor não me diga que somos de mundos diferentes. E eu devia ter sabido a tempo o quão perfeito você era. Houve um tempo, e era naquela época, que você me contava tudo o que acontecia. E a gente ria juntos, ouvia Strokes juntos, você sempre tentando me fazer gostar de Eric Clapton. Houve um tempo...

Agora é tarde demais pra te contar que descobri que meu mundo é você.

E eu sei que você nunca foi dormir pensando em mim, sei que nunca sentiu vontade de ouvir uma música do George Harrison só porque sabia que eu também estaria ouvindo. Disso eu tenho certeza.

Mas havia um brilho no seu olhar, havia. Eu realmente gostaria de entender o que aconteceu. Mas não me diga, porque isso machuca. Isso dói, sabia??

Você nunca prometeu ficar pra sempre, não é sua culpa. É que eu queria que tudo fosse como antes, eu e você, caminhando no sol, às vezes na chuva, falando sem parar, rindo da minha dificuldade com os números e falando mal das professoras loucas.

Se eu pudesse passar mais um dia com você, te deixaria ver o brilho dos meus olhos, e te contaria que eu dormi ouvindo Eric Clapton na noite passada. Te deixaria também desvendar o amor que se esconde atrás do meu sorriso.

Queria te contar que você pra mim foi minha adolescência e o rock’n’roll, as tardes com sono, as fofocas sobre os losers. Você pra mim foi o último resquício de infância, a vontade de chegar o dia seguinte pra te ver de novo, meu último ano de escola sabendo que estava na hora de te dar adeus.

E dizendo tudo isso, não te pediria nada, eu só queria que soubesse que é de você que me lembro quando ouço uma música de amor, e assim que me acordo. E que eu ainda sorrio do mesmo jeito, mas por dentro, estou gritando. Porque você não está comigo.

“ - E você, por que desvia o olhar?
(Porque eu tenho medo de altura. Tenho medo de cair para dentro de você. Há nos seus olhos castanhos certos desenhos que me lembram montanhas, cordilheiras vistas do alto, em miniatura. Então, eu desvio os meus olhos para amarrá-los em qualquer pedra no chão e me salvar do amor. Mas, hoje, não encontraram pedra. Encontraram flor. E eu me agarrei às pétalas o mais que pude, sem sequer perceber que estava plantada num desses abismos, dentro dos seus olhos.)
- Ah. Porque eu sou tímida.”

25 February 2011

My Sweet George...



GEORGE HAROLD HARRISON,

My sweet George, uuh my George... I haven't words to explain how much you means to me. It was summer when I first saw you, and I fell in love with you at the first time... so you teached me to love Beatles, and you became my best friend. Now I'm dating Paul, but you'll always be in my heart, in a special place, SPECIAL LIKE YOU.
Dearest, I love you because you smile have lights, like your eyes, your voice is the best melody, and your words always make me cry. YOU UNDERSTAND ME!!! It might been magic the day you born, and now I'm crying 'cause when I have no words to express my feelings, I express with tears.
You are sweet like a strawberry cake, you are my baby boy... I love all about you. I got my mind set on you, Georgie, I know you know it.
YOU ARE MY DREAM, DON'T FORGET THAT!!!!
HAPPY BIRTHDAY GEORGE!!!

8 February 2011


HAPPY BIRTHDAY JAMES BYRON DEAN,
I don't know where you are, but I still can see your light, shinning forever. Today is your birthday, but you can't be here with me, in this world. I'm crying, it's true, but I'm happy, because I know you can see me and take care of me, like I do of you. I have no words to express what you means to me, Jamie, and how much we understand each other. I’M VERY PROUD TO BE AN AQUARIAN LIKE YOU. :) I was looking for a phrase to say how I am, and I found a thing that you said: ' I'm a serious minded and intense little devil - terribly gauche and so tense that I don't see how people can stay in the same room as me. I know I couldn't tolerate myself.'. Boy, this is me, and you, at same time!!!
In our hearts you'll be always alive, and nobody can be like you.
"If a man can bridge the gap between life and death, if he can live on after he's dead, then maybe he was a great man." , you said. And you can be sure you were. Always have, always will!
James Byron Dean, (February 8, 1931 – September 30, 1955)

31 January 2011

Fireworks

Em uma tarde de verão, sentada comendo o que sobrou do seu bolo de aniversário de 18 anos, ela pensa nela mesma, sentindo nostalgia de como costumava ser.

Buddy Holly canta ‘Dearest’ no radio e ela sente um aperto no peito, pois sabe que agora nada será igual... seus amigos estão espalhados por aí, seus velhos cadernos estão guardados... seu garoto está com outra.

Ela e Ted costumavam ser como chá e bolachas, papel e caneta... passavam as tardes juntos na escola, com o amor saltando dos olhos dela e indo de encontro ao sorriso dele. E iam para a escola juntos, conversando sobre tudo, ele apenas caminhando, ela enxergando fogos de artifício no céu cinzento de inverno.

Mas chegou o baile de formatura e o ano acabou. Ela nunca mais passou as tardes com ele, que vai continuar no colégio, enquanto ela está indo para a vida adulta.

Nunca mais os céus matinais de inverno terão fogos de artifício. Nunca mais ela e Ted irão sorrir um para o outro e ela nunca poderá lhe dizer ‘eu te amo’, pois isso ele já fala para um outro alguém.

E é por isso que ela fica triste, e não há Buddy Holly e nem blues que a façam melhorar. Ela se sente no vermelho, como Audrey Hepburn em ‘Bonequinha de Luxo’. Estar no vermelho é horrível, de repente você fica com medo e não sabe por quê.

Ela sente como se o momento presente já fosse uma lembrança, sente-se muitos anos à frente, relembrando o momento atual. E sente saudade, apesar de toda a tristeza.

Em breve terá que deixar tudo para trás, as amigas que restaram, seus pôsteres colados na parede... a vida será muito mais do que folhear velhos cadernos. E Ted irá para a escola sozinho, e enquanto isso ela vai estar pensando nele, tão bonito em seu uniforme vermelho de inverno.

Um dia desses ela viu Ted. Ele estava passando pela rua que ela o havia mostrado, dizendo a ele que era o melhor caminho para ir para casa. A rua deles! Ted estava lá e acenou sorrindo para ela.

Fogos de artifício no céu azul de verão.